Cenário ilustrando a Formação Crato, localizada na Bacia do Araripe durante o Cretáceo Inferior. A Formação é abundante em organismos de excelente preservação, sejam vertebrados, invertebrados ou plantas.
Em primeiro plano, na área bosqueada, 2 Tupandactylus imperator se alimentam das sementes de Welwitschiostrobus murili. Acredita-se que tapejarídeos tenham se alimentado de sementes e frutas, e é inclusive proposta uma correlação entre o desenvolvimento das plantas angiospermas (plantas com flores e frutos) com pterossauros frugívoros, que agiriam como dispersores de sementes. Welwitschiostrobus não é uma angiosperma, mas suas sementes e cones podem ter atraído pterossauros frugívoros da mesma forma. Plantas Welwitschiaceae são ricamente conhecidas do Cretáceo brasileiro, com espécimes de diferentes estágios de crescimento. Hoje, a única representante vivente do grupo é Welwitschia mirabilis, encontrada apenas na Angola.
Ao fundo, vários Lacusovagus magnificens sobrevoam o local. Estes são um dos maiores pterossauros conhecidos da Formação, com estimativas de 4 m de envergadura das asas e 1 m de altura nos ombros. Também ao fundo, mais distante, estão os característicos estuários do ecossistema.
Saiba mais sobre a Formação Crato pela página em Pteros, a enciclopédia virtual dos pterossauros.
Atualização 21/07/2018: Obra vencedora do 1º lugar da categoria Profissionais no concurso de paleoarte realizado no XI Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados!