Em sua pesquisa recém-publicada, os paleontólogos Nicolás Campione e David Evans revisaram a acurácia e a precisão nas técnicas utilizadas ao longo dos anos para estimar a massa dos dinossauros.
No geral, há duas abordagens principais empregadas: o uso de modelos tridimensionais do animal para se chegar à densidade volumétrica (no artigo, método abreviado como "VD" para "volumetric-density"), mais utilizada em grupos extintos, como os próprios dinossauros não-avianos, e o cálculo comparativo a partir de medidas dos ossos das espécies extintas com as atuais (método abreviado como "ES" para "extant scaling"), mais comum em animais extintos de grupos viventes, como aves e mamíferos.
Apesar de diferentes, o artigo mostra que ambos os métodos apontam, na maioria das vezes, para resultados consistentes - VD oferecendo mais precisão, e ES acurácia. Em uma entrevista à Phys.org, o Dr. Campione ressalta que "as abordagens são mais complementares do que antagônicas".
O estudo é importante pois a massa do animal influencia diretamente seu estilo de vida, sua dieta, sua locomoção, seu metabolismo, seu crescimento e ainda mais aspectos. Quanto melhor entendermos e pudermos estimar a massa, melhor conheceremos essas criaturas.
O artigo também lista dinossauros não-avianos, separados em tabelas de 10 maiores e 10 menores quadrúpedes e bípedes, e calcula sua massa. A imagem abaixo seleciona alguns desses dinossauros e os reconstrói em vida, ilustrando a variedade de formas e tamanhos do grupo ao longo do Mesozoico.
Meus agradecimentos ao convite do Dr. Campione para realizar essa reconstrução para a cobertura do artigo na imprensa!