Austrália durante o Cretáceo Inferior, registros da Formação Toolebuc. Acima e abaixo do mar, a vida segue agitada.
Um pouco distante dos plesiossauros, mais animais buscam por alimento. Um grupo de Platypterygius australis, ictiossauros de 6 m, lança um ataque bem organizado contra um cardume de Pachyrhizodus grawi, espécie com aproximadamente 45 cm. Baseada numa pesquisa sobre outro icitiossauro, o Stenopterygius, uma curiosidade retratada e especulada para o Platypterygius é a capacidade do animal de ajustar sua coloração para mais clara ou mais escura, devido aos seus pigmentos ramificados. Dessa forma, os Platypterygius próximos da superfície estão mais escuros e protegidos da radiação solar do que um indivíduo que, por estar localizado numa maior profundidade, está mais claro.
Enquanto os répteis marinhos encurralam as presas, a ação mais direta e bruta de outro peixe predador chega de surpresa: um Australopachycormus hurleyi, predador de 3 m e dotado de um focinho pontiagudo, se lança em alta velocidade contra o cardume, abrindo um buraco nele conforme os Pachyrhizodus desviam. A agitação da caçada chama a atenção de mais predadores, fazendo com que outros Australopachycormus e alguns Cooyoo australis, com 2,5-3 m, nadem em direção ao cardume para tentar capturar alguma presa. No céu, os pterossauros Mythunga camara também aproveitam a oportunidade e tentam abocanhar os Pachyrhizodus próximos da superfície. De ponta a ponta das asas, esse pterossauro media quase 5 m.
Fora dessas caçadas, a tartagura protostegídea Notochelone costata, de cerca de 1,5 m, nada perto da superfície. No canto inferior esquerdo está o peixe Richmondichthys sweeti, filtrador que passava de 1,6 m. Dois tipos de amonitas estão presentes, alguns Myloceras sp. um pouco distantes à esquerda (acima do Richmondichthys) e um grupo de Beudanticeras flindersi à frente, no canto direito (embora uma revisão recente indique que os espécimes da Formação Toolebuc não pertençam a esse gênero). O que parecem ser pontos espalhados pelo fundo visto de longe se tratam, na verdade, de conchas gigantes do bivalve Inoceramus sutherlandi, de 1 m.
Fora dessas caçadas, a tartagura protostegídea Notochelone costata, de cerca de 1,5 m, nada perto da superfície. No canto inferior esquerdo está o peixe Richmondichthys sweeti, filtrador que passava de 1,6 m. Dois tipos de amonitas estão presentes, alguns Myloceras sp. um pouco distantes à esquerda (acima do Richmondichthys) e um grupo de Beudanticeras flindersi à frente, no canto direito (embora uma revisão recente indique que os espécimes da Formação Toolebuc não pertençam a esse gênero). O que parecem ser pontos espalhados pelo fundo visto de longe se tratam, na verdade, de conchas gigantes do bivalve Inoceramus sutherlandi, de 1 m.
Na costa, alguns animais terrestres passam pelo local: um bando de Muttaburrasaurus langdoni, ornitópodes com cerca de 8 m, e um par de Kunbarrasaurus ieversi, pequenos anquilossauros com 2,5 m. Há ainda uma revoada das aves enantiornitina Nanantius eos.
Nova arte para o projeto Tales from the Phanerozoic, de João Macêdo. Confira aqui o capítulo sobre o Cretáceo Inferior, com a história por trás da cena e informações detalhadas sobre o ambiente e as criaturas.
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