Patagônia, Argentina, durante o Mioceno Médio. Um ambiente quente e de áreas abertas, com poucas árvores e coberto de vegetação rasteira como, por exemplo, as ilustradas gramíneas e flores Amaranthaceae e Asteraceae.
Depois da Era dos dinossauros, mais uma vez o topo da cadeia alimentar é ocupado por um grande terópode terrestre: Kelenken guillermoi, o maior dos Phorusrhacidae, ou "aves do terror". Tal alcunha não é exagero, pois com um crânio de ~70 cm armado com um bico curvo e afiado, mais de 2 m de altura, garras poderosas e ossos da perna que sugerem velocidade e agilidade altas para uma ave deste porte, Kelenken de fato instaurava o terror para qualquer animal que ele visse como alimento. Dois indivíduos aparecem na cena, cercando individualmente (não estão cooperando) suas presas em potencial, os macrauquenídeos Theosodon sp., que chegam a 2 m de comprimento e quase 1 m de altura nos ombros. Esses mamíferos com aspecto de camelo possivelmente exibiam um tecido nasal complexo semelhante a uma "tromba", mas incapaz de agarrar alimento (não uma probóscide verdadeira, mas sim uma "prorhiscis", similar a animais como alces, saigas, elefantes-marinhos entre outros, o que é inferido para seu parente Macrauchenia). O bando se alimenta entre as árvores Nothofagus sp., e usará essa área de mata mais fechada para tentar despistar as aves predadoras, onde elas perdem a vantagem da corrida em campo aberto.
Ainda na árvore mais próxima, uma mãe Neotamandua australis, com seu filhote agarrado à suas costas, se pendura no tronco. Apesar deste gênero ser considerado próximo do atual Myrmecophaga (tamanduá-bandeira), o fóssil encontrado na Formação (um úmero) mostra certa similaridade ao Tamandua (tamanduá-mirim e tamanduá-do-norte), indicando que possa se tratar de algum outro gênero (é considerado que Neotamandua, como um todo, precisa de uma revisão em suas espécies).
No canto inferior direito, à frente, alguns pequenos animais disputam uma toca. Dois notoungulados com aspecto de roedor, Protypotherium colloncurensis (espécie um tanto grande e robusta para seu gênero), querem tomar a toca cavada por um Peltephilus pumilus, um curioso tatu com chifres. Ele assusta vários percevejos Panstrongylus sp. que moram no buraco, fazendo-os fugir para fora. Focados na própria briga, os Protypotherium e especialmente o Peltephilus não percebem um predador chegar perigosamente perto por trás, um Patagosmilus goini - um marsupial dentes-de-sabre, parente do Thylacosmilus. Os notoungulados, estando de frente para ele, o notarão a tempo e correrão para longe, enquanto o tatu será atacado mas, graças a sua armadura, conseguirá escapar da mordida inicial e recuará para sua toca. Outro Patagosmilus aparece do outro lado da cena, no canto esquerdo entre o lago e a outra abertura da toca, importunando e tentando atacar um Neosteiromys tordillense, ouriço gigante. Este Neosteiromys de Collón Curá é conhecido de alguns dentes menores que os da espécie tipo, N. bombifrons, e sua inclusão no gênero é incerta.
No canto inferior direito, à frente, alguns pequenos animais disputam uma toca. Dois notoungulados com aspecto de roedor, Protypotherium colloncurensis (espécie um tanto grande e robusta para seu gênero), querem tomar a toca cavada por um Peltephilus pumilus, um curioso tatu com chifres. Ele assusta vários percevejos Panstrongylus sp. que moram no buraco, fazendo-os fugir para fora. Focados na própria briga, os Protypotherium e especialmente o Peltephilus não percebem um predador chegar perigosamente perto por trás, um Patagosmilus goini - um marsupial dentes-de-sabre, parente do Thylacosmilus. Os notoungulados, estando de frente para ele, o notarão a tempo e correrão para longe, enquanto o tatu será atacado mas, graças a sua armadura, conseguirá escapar da mordida inicial e recuará para sua toca. Outro Patagosmilus aparece do outro lado da cena, no canto esquerdo entre o lago e a outra abertura da toca, importunando e tentando atacar um Neosteiromys tordillense, ouriço gigante. Este Neosteiromys de Collón Curá é conhecido de alguns dentes menores que os da espécie tipo, N. bombifrons, e sua inclusão no gênero é incerta.
Também no canto direito, um grupo de Astrapotherium guillei se refresca na água. Esses mamíferos de grande porte, com cerca de 4 m, chamam a atenção com suas grandes presas (maiores nos machos) e tromba que deveria os ajudar a coletar alimento. Na margem, vários besouros-rola-bosta se aproveitam das fezes que o bando deixou antes de entrar na no lago. Atrás deles, algumas árvores Podocarpaceae crescem nesta área próxima d'água.