O misterioso Andrewsarchus mongoliensis, um animal conhecido apenas pelo enorme crânio (com 83 cm) e dentes.
Este animal foi originalmente classificado como um membro gigante da Mesonychidae, familía de carnívoros ou onívoros aparentados aos ungulados. Mesoniquídeos lembram superficialmente canídeos ou felinos, mas seus dedos terminavam em cascos ao invés de garras; esse aspecto foi comumente utilizado para retratar o Andrewsarchus.
Andrewsarchus foi tido como o mais esquisito Mesonychidae. Além do tamanho, ele seria a espécie da família mais inclinada à alimentação onívora, e notava-se semelhanças entre ele e entelodontes (consideradas como características convergentes, não por parentesco). Constatou-se até mesmo que ele se alimentava de forma mais parecida a um entelodonte do que a um mesoniquídeo.
Segundo análises mais recentes, no entanto, este enigmático gigante se trata de um Cetancodontomorpha - grupo que inclui também os entelodontes, hipopótamos e cetáceos. Andrewsarchus seria especialmente próximo dos entelodontídeos, o que é curioso visto que semelhanças com esses animais chamavam a atenção ainda enquanto A. mongoliensis era classificado como Mesonychidae.
Dessa forma, o modelo se afasta da anatomia de mesoniquídeo e se assemelha mais a um entelodontídeo (inclusive quanto ao modo de vida, tendo-o como um gigante onívoro), embora ainda sem exibir as características mais derivadas desse grupo, como a corcova muscular, o corpo mais compacto ou a presença de apenas 2 dedos por pata. Vale lembrar que, sendo membros da Cetancodontomorpha, entelodontes não são próximos dos suínos, como se pensava.
Andrewsarchus é um interessantíssimo enigma, e contamos com a filogenia e a ecologia para tentar preencher as lacunas de sua anatomia, justificando as escolhas de uma reconstrução na medida do possível. Ainda assim, resta ao tempo mostrar como essa magnífica fera realmente se parecia.
Porcelana fria, escala 1:14.
Este animal foi originalmente classificado como um membro gigante da Mesonychidae, familía de carnívoros ou onívoros aparentados aos ungulados. Mesoniquídeos lembram superficialmente canídeos ou felinos, mas seus dedos terminavam em cascos ao invés de garras; esse aspecto foi comumente utilizado para retratar o Andrewsarchus.
Andrewsarchus foi tido como o mais esquisito Mesonychidae. Além do tamanho, ele seria a espécie da família mais inclinada à alimentação onívora, e notava-se semelhanças entre ele e entelodontes (consideradas como características convergentes, não por parentesco). Constatou-se até mesmo que ele se alimentava de forma mais parecida a um entelodonte do que a um mesoniquídeo.
Segundo análises mais recentes, no entanto, este enigmático gigante se trata de um Cetancodontomorpha - grupo que inclui também os entelodontes, hipopótamos e cetáceos. Andrewsarchus seria especialmente próximo dos entelodontídeos, o que é curioso visto que semelhanças com esses animais chamavam a atenção ainda enquanto A. mongoliensis era classificado como Mesonychidae.
Dessa forma, o modelo se afasta da anatomia de mesoniquídeo e se assemelha mais a um entelodontídeo (inclusive quanto ao modo de vida, tendo-o como um gigante onívoro), embora ainda sem exibir as características mais derivadas desse grupo, como a corcova muscular, o corpo mais compacto ou a presença de apenas 2 dedos por pata. Vale lembrar que, sendo membros da Cetancodontomorpha, entelodontes não são próximos dos suínos, como se pensava.
Andrewsarchus é um interessantíssimo enigma, e contamos com a filogenia e a ecologia para tentar preencher as lacunas de sua anatomia, justificando as escolhas de uma reconstrução na medida do possível. Ainda assim, resta ao tempo mostrar como essa magnífica fera realmente se parecia.
Porcelana fria, escala 1:14.