terça-feira, 8 de outubro de 2024
domingo, 8 de setembro de 2024
Mar Agitado - Formação Toolebuc
Fora dessas caçadas, a tartagura protostegídea Notochelone costata, de cerca de 1,5 m, nada perto da superfície. No canto inferior esquerdo está o peixe Richmondichthys sweeti, filtrador que passava de 1,6 m. Dois tipos de amonitas estão presentes, alguns Myloceras sp. um pouco distantes à esquerda (acima do Richmondichthys) e um grupo de Beudanticeras flindersi à frente, no canto direito (embora uma revisão recente indique que os espécimes da Formação Toolebuc não pertençam a esse gênero). O que parecem ser pontos espalhados pelo fundo visto de longe se tratam, na verdade, de conchas gigantes do bivalve Inoceramus sutherlandi, de 1 m.
Na costa, alguns animais terrestres passam pelo local: um bando de Muttaburrasaurus langdoni, ornitópodes com cerca de 8 m, e um par de Kunbarrasaurus ieversi, pequenos anquilossauros com 2,5 m. Há ainda uma revoada das aves enantiornitina Nanantius eos.
Nova arte para o projeto Tales from the Phanerozoic, de João Macêdo. Confira aqui o capítulo sobre o Cretáceo Inferior, com a história por trás da cena e informações detalhadas sobre o ambiente e as criaturas.
sexta-feira, 8 de março de 2024
Jurássico, Era de Ouro - Formação Tendaguru
A área próxima da costa era pobre em vegetação, mas as terras mais altas, como as ilustradas, abrigavam uma flora repleta de coníferas. Há registro de Cupressaceae, Taxaceae, Podocarpaceae possivelmente arbustivas, de grandes e comuns Araucariaceae e, por fim, do que seriam as árvores mais numerosas do ambiente, as Cheirolepidiaceae. Outras plantas conhecidas e aqui retratadas incluem ginkgófitas, cicas e, formando a vegetação mais baixa, raras samambaias.
Vale notar que os saurópodes são retratados com uma cobertura córnea no focinho, similar a um bico. A possibilidade já foi trazida à tona algumas vezes por diferentes autores, sendo o exemplo mais recente Garderes et al. (2023) para o Bajadasaurus.
Nova arte para o projeto Tales from the Phanerozoic, de João Macêdo. Confira aqui o capítulo sobre o Jurássico, com a história por trás da cena e informações detalhadas sobre o ambiente e as criaturas.
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
Apresentando Arenaerpeton supinatus!
Arenaerpeton supinatus, recém-descrito anfíbio que viveu durante o Triássico inferior/médio na Austrália.
Este temnospôndilo é conhecido por um fóssil quase completo, exposto em visão ventral, medindo 94 cm de comprimento sem contar a cauda, que não foi preservada. Sua descoberta reforça como sua família esteve bem estabelecida na Austrália ao longo do Mesozóico, marcando um intermediário em tamanho e tempo que agrega na sequência dos outros Chigustisauridae registrados no país - o menor Kerobrachyops do Triássico inferior e os maiores Siderops e Koolasuchus do Jurássico e Cretáceo, respectivamente.
O fóssil conta com impressões de tecido mole que sugerem uma pele lisa, um tanto mais larga que o esqueleto em seu abdômem, demonstrando possivelmente o inchaço após a morte. Não se descarta que a expansão da pele se deva à compressão ocorrida ao longo da fossilização ou, ainda, à largura natural em vida.
Confira a pesquisa:
Arte na capa do Journal of Vertebrate Paleontology, Volume 42, Edição 6 (2022) |
quinta-feira, 13 de julho de 2023
O Começo de Uma Nova Era - Formação Santa Maria
Taeniopteris sp. é uma planta enigmática, de um grupo que possivelmente crescia como "emaranhados" no entorno de rios sob a sombra de árvores, evitando assim competição por luz. Há ainda exemplares de Nilssonia (retratada com aspecto de cica, o que é incerto) e Williamsonia, que também marcam presença nos registros da Formação.